O deputado não inscrito Miguel Arruda (ex-Chega), suspeito de furtar malas no aeroporto de Lisboa, regressou hoje à Assembleia da República, depois de ter estado ausente durante uma semana.
Miguel Arruda, eleito nas listas do Chega nas últimas legislativas, tinha participado pela última vez numa sessão plenária em 24 de janeiro, precisamente no dia em que o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, tinha anunciado passaria a deputado não inscrito.
Nessa sessão, o deputado tinha-se sentado na última fila do hemiciclo, ao lado da bancada do Chega, o que levou o líder parlamentar do partido, Pedro Pinto, a protestar, avisando que não se responsabilizaria pelo que se poderia passar durante o plenário.
A conferência de líderes determinou posteriormente que o lugar de Miguel Arruda continuaria a ser o mesmo: na última fila do hemiciclo, no alinhamento da bancada do Chega. Foi nesse lugar que Miguel Arruda se sentou hoje.
Questionado, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República se podia garantir que a bancada do Chega ia receber hoje Miguel Arruda com dignidade, o líder do partido, André Ventura, respondeu que iria “respeitar as decisões democráticas”, tomadas em conferência de líderes”.
“Mesmo discordando delas, temos a nossa capacidade de as respeitar. E é isso, certamente, que faremos”, afirmou.
Já interrogada se pretendia responder pela ação dos seus deputados caso houvesse algum incidente no plenário, ao contrário do líder parlamentar, Ventura respondeu que é líder do Chega desde 2019.
“Nunca, em momento algum, os portugueses me viram fugir à minha responsabilidade enquanto presidente do partido”, disse.