11 de Março de 2025
CRONOLOGIA 11 Março: Nacionalizações da banca à imprensa
Lusa

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Após o fracassado golpe militar "contra-revolucionário" de 11 de Março de 1975, foram nacionalizadas 253 empresas, num processo que ocupou mais de vinte números do "Diário do Governo" e durou 16 meses.

O processo atingiu os "sete magníficos", os maiores grupos económicos existentes até à Revolução: CUF, Espírito Santo, BPA, Champalimaud, Fonsecas e Burnay, BNU e Borges e Irmão.

Em 1979, eram contabilizadas 1.022 empresas participadas diretamente pelo Estado.

Demorou 13 anos a iniciar-se o "contra-ciclo" com as privatizações do Banco Totta e Açores, no primeiro Governo de Cavaco Silva, em 1988.

 

Cronologia das nacionalizações mais marcantes

 

1975

14 de março

O mesmo "Diário do Governo" que publicava o decreto de criação do Conselho da Revolução decretava a nacionalização da banca, com exceção do Crédit Franco-Portugais, dos departamentos portugueses do Bank of London & South America e do Banco do Brasil, das caixas económicas e das caixas de crédito agrícola mútuo.

 

15 de março

O Conselho da Revolução nacionaliza todas as companhias de seguros, com exceção da Europeia, Metrópole, Portugal, Portugal Previdente, A Social, Sociedade Portuguesa de Seguros e O Trabalho, dada a significativa participação de companhias de seguros estrangeiras no seu capital.

 

16 de março

O IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves, nacionaliza a TAP, empresas refinadoras e distribuidoras de petróleo, com excepção das distribuidoras estrangeiras (Sacor, Petrosul, Sonap, Cídia), CP, Siderurgia Nacional, empresas produtoras, transformadoras e distribuidoras de electricidade - incluindo participações estrangeiras.

 

09 de maio

Nacionalizadas as sete empresas de cimentos e cinco indústrias de celulose e cerca de um quarto do capital da Celbi.

 

13 de maio

Nacionalizadas várias empresas de tabacos.

 

05 de junho

Nacionalizados o Metro, a empresa geral de transportes (Carris) e 55 empresas de transportes públicos. 14 de Agosto de 1975 - Empresa de Pirites Alentejanas.

 

21 de agosto

Grandes empresas químicas, em especial petroquímicas e adubeiras.

 

30 de agosto

Empresas cervejeiras do continente e duasdos Açores e Madeira.

 

01 de setembro

Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Setenave - Estaleiros Navais de Setúbal e CUF

 

1976

13 de novembro

Companhia das Lezírias do Tejo e Sado.

 

02 de dezembro

Nacionalizadas a atividade de radiodifusão e a RTP.

 

1976

20 de julho

São nacionalizadas empresas deconservação, produção, serviço, transformação e comercialização depescado.

 

29 de julho

A Imprensa fecha a porta das nacionalizações. As empresas proprietárias do "Diário de Notícias", de "O Século", do "Diário Popular" e de "A Capital" passam para o setor público juntamente com diversas firmas de artes gráficas e edição de publicações.

Após o fracassado golpe militar "contra-revolucionário" de 11 de Março de 1975, foram nacionalizadas 253 empresas, num processo que ocupou mais de vinte números do "Diário do Governo" e durou 16 meses.

O processo atingiu os "sete magníficos", os maiores grupos económicos existentes até à Revoluç…





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