As eleições autárquicas estão quase aí. Falta um ano.
No Partido Socialista, quer dizer, entre os seus dirigentes, alguns estão preocupados porque consideram que o Partido não tem candidato para apresentar à presidência da Câmara. Outros, talvez nem sabem que há eleições daqui a um ano.
Entretanto o partido que está no poder, esfrega as mãos.
A avaliação que os seus dirigentes fazem é tranquila porque estão convictos que Carlos Ferreira já tem estendida a passadeira vermelha.
Não sei se há muita gente interessada em fazer uma avaliação fundada sobre o desempenho deste executivo municipal. Para quem quiser refletir neste assunto, basta questionar-se sobre as diferenças que encontra entre o desempenho do atual executivo municipal e o desempenho do anterior.
Voltando ao Partido Socialista que, pela experiência que tem devia estar munido de soluções para voltar a apresentar-se ao eleitorado, parece que não é nada com ele.
Há muito tempo que, nas reuniões da Câmara, comparecem apenas dois vereadores quando, como se sabe, tem três eleitos.
É claro que, sem fazer uma oposição empenhada e firme, é muito difícil um partido pensar em recuperar o poder. Aconteceu durante muitos anos com o PSD. Agora é a vez do PS.
Como parece não terem solução, há dirigentes do PS que já esperam que Francisco César resolva o problema. Só que o Partido Socialista não está no poder e não tem lugares para oferecer ao eventual derrotado da Câmara, o que torna mais difícil o seu recrutamento e leva a crer que o sacrificado será algum que está ou já esteve no pedestal.
Vamos ver, durante este ano que falta para as eleições autárquicas, como se vão desenrolar os acontecimentos.
Acompanho diariamente a atividade da Câmara, nomeadamente através das redes sociais. Nunca faltam fotografias do presidente e dos vereadores, com crianças e idosos, ou recebendo altos dignitários da vida pública, cujo expoente máximo foi o Primeiro-ministro de Timor, ainda esta semana.
O Partido Socialista não vê isto. Não critica, não promove conferências de imprensa para apresentar as suas posições, não produz comunicados, ninguém sabe qual é a avaliação que faz do desempenho da Câmara, enfim, não liga nada a isto.
Já para não falar das juntas de freguesias, autarquias muitas vezes mais importantes para as pessoas do que a própria Câmara.
Alguém no Partido socialista sabe se as suas juntas estão a desempenhar bem o seu papel, que problemas têm, de que é que precisam, para se colocar ao lado delas?
Não tenho a presunção de dar conselhos a ninguém. Cada um sabe como governa a sua casa. A mim cabe-me observar, dar a minha opinião crítica, quando a tenho, e não ficar, como os socialistas, a ver navios.