Carlos Faria

2025, um ano com demasiadas incertezas e riscos

07 de Janeiro de 2025


O ano de 2025 chegou e não me lembro de entrar num ano novo em que sentisse tantas incertezas e riscos a pairar sobre o futuro de âmbito global como no que agora começou.

Claro que eu não era nascido quando começaram as duas grandes guerras mundiais do século XX, mas, mesmo para esses anos, não se perspetivavam conflitos capazes de eliminar a civilização humana e não havia receios de que o regime democrático estava em risco na maior democracia do mundo.

Neste janeiro de 2025, existem países ditatoriais e de democracias musculadas a ameaçar recorrer ao armamento nuclear para conseguir os seus intentos, o capitalismo democrático está cada vez mais refém da ganância de uns poucos em prejuízo de uma enorme maioria de muitos, situação que está a alimentar o extremismo ideológico e as notícias falsas estão a ser usadas por poderosos para minar as maiores democracias do mundo.

Nos Açores e no Faial, separados por tanto mar dos locais em turbilhão político e em guerra, vai-se gerindo a Região e Ilha de modo alheio a todas estas ameaças de âmbito global.

Como referi em artigo anterior, no Orçamento Regional constam investimentos de vária índole que se aproximam dos 100 milhões de euros, mas se alguns estão já em curso: como o Tecnopolo MARTEC, a Variante, o Edifício Intergeracional da Feteira e as obras do Hospital; outros merecem vigilância apertada, não vá acontecer como tem sido habitual ao longo de vários anos, que nos orçamentos exista muita parra prometida para pouca uva executada.

Durante décadas assisti às entidades no poder no Faial e de gentes de cá que lhes eram próximas a serem quem mais desculpava o poder regional do pouco investimento nesta Ilha e assim branqueavam a situação. Confesso que não gostava de agora ver algo igual, nem de, como pessoa, assumir um papel semelhante.

Ao nível Municipal estamos em ano de eleições Autárquicas, num mandato marcado pela mudança de ciclo político com referências à grande aposta na construção de habitação, mas que, dado se estar em início deste novo objetivo, este novo objetivo deve ter obrigado a mais trabalho de gabinete e burocrático do que possibilitou até agora obra no terreno. Assim, espero que em 2025 sejam, finalmente, dados os primeiros passos concretos na construção de moradias neste concelho neste âmbito.

Se a necessidade de mostrar a realização de obra no terreno não permitiu ao atual elenco camarário repensar o projeto da frente mar e assim corrigir os defeitos herdados do anterior ciclo, nem possibilitou salvaguardar a verdadeira calçada portuguesa que antes existia naquela zona, o ano de 2025 traz, por agora, a curiosidade de se descobrir se e como será aproveitado aquele espaço reordenado para celebrar a efeméride da próxima Semana do Mar.

Apesar de deixado mais para o fim deste texto, mas sem dúvida algo da maior importância, lembro que o ano de 2025 transporta consigo a perspetiva de conclusão do projeto de ampliação da pista do aeroporto da Horta e a curiosidade se o mesmo será depois aproveitado, de facto, pela concessionária desta infraestrutura e se sozinha ou em parceria com outras entidades públicas, levá-lo para a concretização da obra mais ansiada pelos Faialenses nas últimas décadas.

Por último, outra incerteza sobre como será defendido o interesse dos Faialenses em matéria de número de voos, horários, lugares e ligações aéreas entre a Horta e Lisboa, sobretudo durante o verão IATA, assunto que ao longo dos anos tem deixado tudo e todos insatisfeitos no Faial e numa luta titânica com interesses maiores exteriores à Ilha Azul.

Mais incertezas e riscos existem, foi só uma seleção daqueles que mais interesse me despertam, para já e porque este é o primeiro artigo de 2025: desejo que a caixa de Pandora não se abra e este seja um Bom Ano para todos.

O ano de 2025 chegou e não me lembro de entrar num ano novo em que sentisse tantas incertezas e riscos a pairar sobre o futuro de âmbito global como no que agora começou.

Claro que eu não era nascido quando começaram as duas grandes guerras mundiais do século XX, mas, mesmo para esses anos, não se perspetivavam conflitos capazes de elimina…





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