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Verão animado e uma boa iniciativa

por Incentivo
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“Acredito que o anterior poder executivo estivesse cansado de ouvir denúncias de obras por fazer
e agora queira retaliar na mesma moeda, mas a verdade é que já tinham tido tempo de sobra
para não deixar tanto por fazer como agora vêm pôr a nu”.

 

A aproximação das eleições autárquicas, a ocorrer no início do próximo outono, para já dá garantias que neste verão não haverá a habitual “silly season” política. Assim, não haverá festa estival que apague a animação do confronto entre o poder atualmente eleito e as forças políticas afastadas desse lugar ainda recentemente.

Embora não deva ser difícil perceber que haverá uma recandidatura da Presidência da Câmara Municipal da Horta, na realidade, presentemente apenas existe ainda uma candidata àquele lugar oficialmente anunciada, precisamente vinda da força partidária arredada do cargo nas últimas eleições Autárquicas.

Deste modo não é estranho que esta candidata esteja a expor, publica e minuciosamente, todo o legado de obras que o seu partido deixou por fazer e que ainda não tenham sido feitas nos últimos três anos.

A oposição denunciar obras por fazer é normal no confronto político partidário, simplesmente, quando se saiu do poder executivo há menos de um mandato, é preciso ter em conta que o Povo pode não ter memória tão curta para não se recordar que quem assim denuncia, ainda muito recentemente, teve a sua oportunidade para o fazer e não fez.

Recordo que o atual elenco camarário, em exercício de funções há pouco mais de três anos, herdou projetos, que apesar de terem defeitos como o da frente mar, deu continuidade, executou e concluiu; herdou obras de tal forma mal feitas que teve de demolir e até já deu início a novos projetos, alguns dos quais já arrancaram como a intervenção Algar/Courelas, entre outros.

Assumo que o partido que agora lidera a oposição autárquica, no passado, até fez algumas obras, é que apesar do ritmo lento com que então executava, teve trinta anos para isso! ou seja, dez vezes mais tempo para fazer devagar do que o ritmo acelerado que agora exige ao atual executivo fazer, face ao tanto tempo deixaram pendurado!

Acredito que o anterior poder executivo estivesse cansado de ouvir denúncias de obras por fazer e agora queira retaliar na mesma moeda, mas a verdade é que já tinham tido tempo de sobra para não deixar tanto por fazer como agora vêm pôr a nu.

Ao longo de vários anos, tenho referido neste jornal, a necessidade de execução de obras estruturais que tardam em avançar, problema que se mantém, mas também tenho feito ênfase na importância de se dinamizar a economia local, como fomentar empresas Faialenses ou a instalação de outras nesta ilha que criem emprego no setor privado além do funcionalismo público.

No âmbito desta preocupação, tenho de me congratular com a aprovação da candidatura da Câmara Municipal da Horta para a reabilitação de um edifício degradado no centro da cidade e a adaptação deste para instalar uma incubadora de empresas, sob a designação de “STARTUP FAIAL”, uma iniciciativa a que estão associados incentivos financeiros às empresas que ali forem instaladas e majorados pela criação de postos de trabalho. Isto para não falar da oportunidade de também reabilitar um imóvel degradado na cidade, algo que é um outro problema da Horta de difícil resolução no quadro legal, institucional e no respeito dos privados.

Reconheço que nas áreas da competência do Governo dos Açores e do Município da Horta existem ainda muitas coisas para se fazer na ilha do Faial e o ritmo de execução do que faltava não tem sido com a rapidez que eu tanto desejava, mas que nos últimos três anos se tem assistido a uma aceleração de concretização de trabalhos nesta terra, para mim é uma realidade que penso ser evidente aos olhos de todos.

Apesar de atual ciclo político ter posto fim à inércia na ação que assistíramos no passado desta terra, neste verão sem tréguas políticas, devido à proximidade das eleições autárquicas, estou convencido que será possível uma discussão saudável e frutuosa no campo das ideias, no que diz respeito às necessidades do concelho da Horta, que neste caso coincidem com as da ilha do Faial.

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